A história do FC Porto









A história do FC Porto










O FC Porto é um dos clubes de futebol mais antigos em actividade em Portugal. Foi fundado no dia 28 de Setembro de 1893 por António Nicolau de Almeida, um comerciante de vinhos do Porto que descobriu o futebol nas suas viagens a Inglaterra.  
Monteiro da CostaEm 1906, cabe a José Monteiro da Costa [Foto] dar novo impulso ao clube. Para além do futebol começaram a ser praticadas outras modalidades tais como o Ténis, Atletismo, Boxe, Halterofilismo e Natação.  O primeiro campo de futebol é no campo da Rainha. Em 1907 começa a funcionar a primeira sede.

Em 1910 é criado o primeiro emblema do clube.
Em 1913, o clube passa a ter as suas instalações desportivas no Campo da Constituição.  Antes de serem criados os campeonatos nacionais como hoje os conhecemos o FC Porto dominou os campeonatos regionais que disputou. Em 1928, Valdemar Mota torna-se no primeiro atleta olímpico do clube, representando a selecção nacional de futebol.
O FC Porto venceu o "Campeonato de Portugal" (prova antecessora da Taça de Portugal) por 4 vezes (22/23, 24/25, 31/32 e 36/37). Pelo meio vence um "Campeonato da 1ª Liga", em 1935. Em 1933 a sede do clube passa para a actual Praça General Humberto Delgado.

Nos finais da década de 30, o FC Porto alcança o seu primeiro «bi», nas duas primeiras edições do Campeonato Nacional. A maior referência futebolística da altura era Pinga. Em 1945, o clube começa a utilizar o Estádio do Lima, propriedade do Académico do Porto. Os anos 40 foram de um domínio avassalador dos clubes de Lisboa, através do Benfica, Sporting e Belenenses. Apesar de arredado dos títulos, o FC Porto viveu um momento de glória único na altura, como uma vitória sobre o Arsenal de Londres em 1948 por 3-2. Os Ingleses eram então considerados a melhor equipa do mundo.  Em 1949 é lançada a 1ª pedra do novo Estádio das Antas. No dia 28 de Maio de 1952, quase três anos após o início das obras, é inaugurado o Estádio das Antas.




Inauguração do Estádio das Antas
Inauguração do Estádio das Antas




Os títulos nacionais voltam em 1956, com a conquista da primeira «dobradinha». É também em 1956 que o FC Porto participa também pela 1ª vez nas competições europeias, frente ao Athletic de Bilbao, de Espanha. Na década de 60, o FC Porto apenas consegue conquistar uma Taça de Portugal, em 1968.
Vitória na Taça de Portugal
Vitória na Taça de Portugal
A vitória seguinte na Taça aconteceria em 76/77. Iniciava-se então um novo ciclo: um ciclo de vitórias do FC Porto. Foi conquistado um novo «bi» (77/78 e 78/79), com uma grande equipa onde brilhavam Oliveira, Gomes, Seninho, Duda, Frasco, Costa e tantos outros. Jogadores extraordinários, superiormente orientados por José Maria Pedroto.
Este treinador era a grande aposta do Responsável pelo Departamento de Futebol, um senhor chamado Jorge Nuno Pinto da Costa. O trabalho destes dois homens estabeleceu as bases para uma ordem no futebol Português, marcada pela hegemonia do FC Porto.
Em 1981, o FC Porto venceria a sua 1ª Supertaça. O FC Porto tem mais vitórias nesta competição do que todos os outros clubes, o que atesta bem do hábito que se tornou ganhar em todas as frentes! Em 1983, Fernando Gomes conquistou o título de melhor marcador Europeu, façanha que repetiria em 1986. O FC Porto começou igualmente a acumular títulos noutras modalidades, nomeadamente com um «bi» na Taça das Taças de hóquei em Patins.

Em 1984, o FC Porto "emancipa-se" também no futebol, a nível internacional, com a disputa da sua primeira final europeia, perdida em Basileia frente à Juventus, de Itália. Em 1986, o FC Porto sagra-se campeão Europeu de Hóquei em Patins.  Em 1987, o FC Porto sagra-se campeão europeu de futebol, derrotando na final o Bayern de Munique. Aqui se iniciou um ciclo brilhante com a conquista do título mundial (Taça Intercontinental) e da Supertaça Europeia. O FC Porto passava a ser o clube Português com mais troféus internacionais.

Os troféus do ano de ouro
Os troféus do ano de ouro de 1987
A década de 90 foi de domínio do FC Porto, não só em futebol como também noutras modalidades. Em 1996, Fernanda Ribeiro torna-se a primeira atleta do FC Porto a sagrar-se Campeã Olímpica, vencendo a final dos 10000 metros. Em 1997 o FC Porto consegue o seu primeiro «tri» do seu historial. Depois de 2 títulos sob o comando de Bobby Robson, cabe a Oliveira manter o ritmo vitorioso. Depois do «tri» veio o «tetra». Já sob o comando de Fernando Santos, o FC Porto conquista um quinto título consecutivo, algo absolutamente inédito em Portugal!

Pentacampeões nacionais!
Pentacampeões nacionais!
Em 1999, Jardel foi o melhor marcador da Europa, juntando-se a Fernando Gomes na galeria dos vencedores do importante troféu. Apesar de não ter conquistado o título em 2000, 2001 e 2002, o FC Porto não perdeu o hábito de vencer competições...a prova disso são as taças de Portugal e supertaças entretanto conquistadas. Nos jogos Olímpicos de Sidney, Fernanda Ribeiro conquista uma nova medalha para o FC Porto, desta feita a medalha de bronze nos 10000 metros. Em 2001 começou a ser construído um novo estádio, que seria o palco do jogo de abertura do Euro 2004, organizado em Portugal. Já em 2002, o clube inaugurou o seu centro de estágios em Vila Nova de Gaia, um dos mais modernos da Europa.
FC Porto vence a Taça UEFA 2002-2003!
Em 2003, e depois de voltar a vencer o campeonato nacional, o FC Porto venceu a Taça UEFA. Foi a 1ª vez que um clube Português conseguiu vencer na mesma época o seu campeonato e a competição Europeia onde esteve envolvido. O FC Porto poderia ter-se tornado um caso único a nível mundial, mas falhou a conquista da Supertaça Europeia, perdendo ante o campeão Europeu (AC Milão) por 0-1. Em Novembro de 2003, o FC Porto inaugurou o seu novo estádio, o Estádio do Dragão. Sendo considerado como um dos mais belos e modernos estádios de todo o mundo, o estádio do Dragão é mais uma manifestação da força do «Dragão», no início do século XXI. No ano seguinte, o FC Porto repetiu a conquista do título nacional. No dia 26 de Maio de 2004, os Dragões sagraram-s campeões da europa pela 2ª vez.
endo em conta que a Champions League conta com a participação de várias equipas oriundas das chamadas grandes potências do futebol europeu, este é seguramente o maior e mais mediático feito de sempre da história do futebol profissional em Portugal.

Em Dezembro de 2004, em Yokohama, o FC Porto vence a Taça Intercontinental pela 2ª vez, derrotando o campeão sul-americano, o Once Caldas da Colômbia. Foi preciso um desempate emocionante nas grandes penalidades (8-7) para encerrar dessa forma um ano de 2004 perfeito. Os Dragões foram campeões nacionais, campeões da europa e campeões do mundo.

Seguiu-se um período conturbado, com a saída do treinador ligado a estes êxitos e da maioria dos melhores jogadores. Provavelmente nenhum clube no mundo realizou tamanho encaixe financeiro nesse ano, mas isso acabou por se reflectir na qualidade da equipa. Algumas apostas em jogadores não resultaram, já para não falar que a época 2005 conheceu 3 treinadores. Nesse ano o FC Porto «só» conquistou a Supertaça e a Taça Intercontinental.

O ano seguinte provou a todos que, no FC Porto, os ciclos negativos são muito, muito curtos, por muito que isso custe aos nossos rivais. O FC Porto conquistava o seu 21º título nacional,a sua 13ª Taça de Portugal e a sua 15ª supertaça. Em 2006, o FC Porto conquistou o «bicampeonato». Vítor Baía, um dos grandes símbolos da história do clube retirou-se em grande, terminando uma carreira cujo palmarés não tem paralelo no mundo inteiro.

Em 2007/08, e no meio dos vergonhosos processos em tribunal, e não só, o FC Porto consegue chegar ao «Tri», com uma vantagem pontual bem reveladora da sua superioridade. No ano seguinte, com a «máfia» a querer empurrar-nos também para fora das competições europeias, os Dragões chegam ao «tetra», conseguem a «dobradinha» e estiveram bem perto de chegar às meias-finais da Champions League. Em plena recessão mundial, conseguem ainda obter uma receita de perto de 70 milhões de euros em transferência de jogadores. A concorrência, também aí, fica a ver navios...
Depois do "tetra", chega a famigerada e infâme Liga dos Túneis, onde o FC Porto é afastado do título pelos conselhos de disciplina amiguinhos do SLB. Mas no ano seguinte, o FC Porto volta em grande, vencendo campeonato, taça, supertaça e ainda a Taça UEFA, pela 2ª vez. O FC Porto é hoje um dos nomes mais sonantes do futebol mundial. E esta história não vai ficar por aqui...






Lendas do Clube



ALCINO PALMEIRA
(Boxe)

O seu nome é indissociável da secção de Boxe do FC Porto, quer na condição de atleta, quer enquanto dirigente. Como praticante, conquistou seis títulos nacionais na década de 70 e mais cinco nos dez anos seguintes. Foi galardoado com o Dragão de Ouro de «Seccionista do Ano» em 2003.





AMÉRICO LOPES(Futebol)

Senhor da baliza durante a década de 60, os adeptos que o viram jogar nunca se vão esquecer de Américo. Fazia parte dos «Magriços», a selecção portuguesa que brilhou no Mundial de 66, em Inglaterra, e foi campeão pelo FC Porto sob a batuta de Yustrich. Sólido como uma rocha, elástico quando as bolas eram mais apertadas e imperturbável enquanto líder da equipa, reinou numa época marcada por um quase deserto de títulos portistas. Ainda assim, as magníficas exibições que durante anos assinou na baliza do FC Porto preenchem o imaginário de muitos adeptos azuis e brancos, que não se esquecem de o ver «voar» entre os postes.







AURORA CUNHA
(Atletismo)


Foi a primeira grande conquistadora de títulos do atletismo do FC Porto. Envergou ao longo de duas décadas a camisola azul e branca, que vestiu pela primeira vez em 1975. Campeã do Mundo de estrada, campeã da Europa e recordista nacional nas várias distâncias, Aurora Cunha foi atleta olímpica, participando por três vezes no maior acontecimento desportivo do Mundo. Especialista nos cinco mil e dez mil metros, foi responsável por uma nova dinâmica na secção de atletismo do clube, cativando e entusiasmando muitos outros atletas e novas apostas, numa modalidade até então quase sem expressão no FC Porto. Mantém o mesmo amor e dedicação ao FC Porto que revelou ao longo da carreira, tendo sido distinguida e homenageada várias vezes pelo seu empenho em prol do crescimento da modalidade.






CAMPOS COSTA
(Halterofilismo)
Pioneiro do halterofilismo no FC Porto, secção que integrou a partir de 1975, Campos Costa encabeçou uma geração de sucesso do clube na modalidade, contribuindo de forma decisiva para o avolumar de conquistas no palmarés azul e branco. São muitos os títulos que abrilhantam o currículo de Campos Costa, quer enquanto atleta, quer também na condição de treinador. Campeão Nacional em diversas ocasiões, este atleta de excelência celebrou na época de 1986/87 o derradeiro triunfo nacional na modalidade, encerrando com chave de ouro uma carreira notável ao serviço do FC Porto, bem como enquanto representante de Portugal.





CARLOS RESENDE
(Andebol)


É considerado por muitos especialistas, técnicos e jogadores como o melhor andebolista português de sempre. Dono de uma compleição física invejável e de um currículo notável, recheado de títulos nacionais e Taças de Portugal, Carlos Resende foi considerado o melhor lateral-esquerdo no campeonato europeu que se disputou na Croácia, em 2000. Ter sido chamado para conduzir os destinos da equipa de andebol do FC Porto é só uma forma de reconhecimento ao mérito e à capacidade de um jogador que marca uma época da modalidade no clube e em Portugal.







CLEMENTE MOREIRA
(Basquetebol)


Referência do basquetebol portista da década de 50, Clemente Moreira apresenta no currículo dois títulos nacionais da modalidade, conquistados nas temporadas de 1951/52 e de 1952/53. O seu nome é indissociável dos primórdios do sucesso azul e branco no basquetebol português e mantém-se incontornável no historial da modalidade no clube.





CRISTIANO PEREIRA
(Hóquei em Patins)


Formado no FC Porto, Cristiano foi durante muitos anos o único representante portista na selecção nacional de hóquei em patins, que tinha António Livramento como grande capitão. Jogador carregado de talento, com prestígio reconhecido além-fronteiras, contribuiu com golos decisivos e enorme classe para as muitas vitórias do FC Porto na modalidade. Campeão nacional, europeu e mundial por diversas vezes, Cristiano Pereira alia à notável carreira como jogador uma sequência de sucesso enquanto treinador, que teve na Taça dos Campeões Europeus conquistada em 1986, frente aos italianos do Novara, um corolário consentâneo com as suas capacidades.






FERNANDA RIBEIRO
(Atletismo)


Detentora por mérito próprio de um lugar entre as melhores e mais medalhadas atletas portuguesas de todos os tempos, Fernanda Ribeiro marcou uma época de grande fulgor do meio-fundo e fundo nacionais. Depois de um trajecto de sucesso nos escalões mais jovens do FC Porto, Fernanda Ribeiro começou a somar grandes conquistas em 1994, arrecadando o título europeu de três mil metros em pista coberta. Segue-se o ouro em inúmeras competições e não tarda a chegar o brilho olímpico, à terceira participação, graças a um dos mais belos sprints finais da história dos dez mil metros. Em 1996, em Atlanta, Fernanda Ribeiro conquista o ouro nos dez mil metros e a prata nos cinco mil, selando um ano de absoluta excelência com o título europeu dos três mil metros. Embaixadora de sucesso do emblema portista, Fernanda Ribeiro continua a fazer valer o seu estatuto de campeã e a participar em diversas provas desportivas espalhadas pelo Mundo.





FERNANDO GOMES
(Basquetebol)


Destacado dirigente e ex-administrador do FC Porto, a história azul e branca de Fernando Gomes faz-se igualmente na condição de atleta e de uma das maiores referências do basquetebol ao serviço do clube e da selecção nacional. Fez parte da equipa liderada pelo mítico Dale Dover que se sagrou campeã nacional em 1971 e esteve 16 anos ao serviço do FC Porto, despedindo-se em 1981 com um novo título nacional. Regressaria ao clube em 1991, agora como dirigente, assumindo a gestão da secção de basquetebol portista.








FERNANDO GOMES
(Futebol)


Fernando Gomes é o maior goleador de sempre da história do FC Porto e o mais mortífero do futebol nacional. Um matador que foi rei em Portugal e na Europa. Gomes dominava a área como poucos, o seu jogo de cabeça era brilhante, rematava forte e colocado com ambos os pés e parecia, como que por magia, adivinhar os lances para facturar. Foi por seis vezes o melhor marcador do campeonato nacional e em duas delas, 1983 e 1985, juntou a esse título o de goleador-mor da Europa. Nascia, então, o Bibota. Gomes foi um dos pilares fundamentais do FC Porto que surpreendeu e conquistou o respeito da Europa do futebol. Responsável por cinco golos na caminhada até Viena, falhou o jogo decisivo frente ao Bayern de Munique por ter partido a perna a poucos dias do desafio. Viu a conquista do título europeu em casa, engessado e de muletas, mas recuperou a tempo de levantar a Supertaça Europeia e a Taça Intercontinental. Terminou a carreira em 1991, com 318 golos marcados em mais de 400 jogos disputados.







JOÃO PINTO(Futebol)
É um dos mais carismáticos jogadores de toda a história do FC Porto. Venceu nove Campeonatos de Portugal, quatro Taças de Portugal, cinco Supertaças, Taça Intercontinental, Supertaça Europeia e? a «sua» Taça dos Campeões. Jogador de fibra, é um dos principais responsáveis pela manutenção de um balneário unido, solidário e guerreiro, disposto a combater todas as batalhas. Foi capitão no clube e na selecção, chegou a ser o mais internacional jogador português e fica para a história como o jogador com mais partidas disputadas no Estádio das Antas. Enquanto atleta sénior, só conheceu uma camisola e, terminada a carreira, contribuiu com os seus conhecimentos, o seu carisma e a sua alma de dragão para promover os novos talentos do FC Porto.






RODOLFO
(Futebol)


Uma carreira de azul e branco. Rodolfo Reis entrou no FC Porto com 13 anos e só 19 anos depois sairia, para colocar um ponto final na brilhante carreira que teve como atleta portista. Rodolfo era a marca de coragem, o guerreiro indispensável em campo para permitir aos génios o espaço para espalharem a sua magia. De uma regularidade impressionante, com um físico poderoso e uma segurança imperturbável, Rodolfo era temido pelos adversários, porque estes sabiam que ninguém defendia as cores portistas como ele. Dedicação e profissionalismo serão sempre epítetos indissociáveis da carreira de Rodolfo no FC Porto e no futebol português.






VÍTOR BAÍA
(Futebol)


É pouco, mas sintomático, dizer que é o jogador com mais títulos conquistados em todo o Mundo. Atravessou todas as camadas, todas as selecções, foi baluarte e capitão de todas as equipas por onde passou e terá sido, provavelmente, o melhor de sempre na sua posição no FC Porto. Começou o seu trajecto no clube na época de 1983/84, numa aposta de confiança que nunca saiu defraudada. É um exemplo de referência e o profissionalismo que sempre dedicou às equipas a que pertenceu, é revelador da índole deste incontornável símbolo do FC Porto e do futebol português. Será difícil, nos tempos mais próximos, alguém conquistar todos os títulos que Vítor Baía conseguiu, inclusivamente numa bem sucedida passagem pelo poderoso Barcelona. A Liga dos Campeões e a Taça UEFA alcançadas ao serviço do FC Porto serão provavelmente os seus momentos mais significativos, que se juntam a uma lista infindável de conquistas e que fazem de Vítor Baía um jogador, a todos os níveis, memorável.







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